POR QUE MUITOS DE NÓS NÃO VIVEMOS AQUILO QUE ACONSELHAMOS ?
A discrepância entre ser um excelente conselheiro e um péssimo praticante é um fenômeno comum e pode ser explicado por várias razões psicológicas, sociais e pessoais:
- Conhecimento vs. Ação:
- Teoria vs. Prática: Muitas vezes, saber o que deve ser feito não é o mesmo que fazer. A ação requer motivação, energia, e às vezes, coragem, que podem faltar quando se trata de aplicar o conselho a si mesmo.
- Autopercepção e Cegueira Pessoal:
- Cegueira Pessoal: Somos mais capazes de ver os problemas e soluções nos outros do que em nós mesmos. Isso pode ser devido à falta de objetividade sobre nossas próprias vidas ou porque estamos muito próximos dos nossos próprios problemas para ver soluções claras.
- Medo e Insegurança:
- Medo do Fracasso: Dar conselhos a outros não envolve o risco pessoal que aplicá-los a si mesmo pode trazer. O medo do fracasso ou de expor suas próprias vulnerabilidades pode impedir a ação.
- Comodidade e Resistência à Mudança:
- Resistência à Mudança: As pessoas frequentemente resistem a mudanças em suas próprias vidas, mesmo quando reconhecem a necessidade dessas mudanças. A zona de conforto é um lugar difícil de abandonar.
- Efeito Espectador:
- Responsabilidade: Quando aconselhamos outros, há uma distância entre a responsabilidade pelo conselho e sua implementação. Quando se trata de nossa própria vida, toda a responsabilidade recai sobre nós.
- Projeção:
- Projeção de Ideais: Podemos aconselhar com base em ideais ou em como as coisas deveriam ser, sem levar em conta nossas próprias limitações, emoções ou circunstâncias únicas.
- Autocompaixão vs. Compaixão pelos Outros:
- Autojulgamento: Muitas vezes somos mais duros conosco do que com os outros, o que pode nos impedir de aplicar o mesmo nível de compaixão e compreensão aos nossos problemas.
- Falta de Motivação Pessoal:
- Motivação Extrínseca vs. Intrínseca: Pode ser mais fácil motivar os outros do que a si mesmo. A motivação para mudar sua própria vida precisa vir de dentro, e essa motivação pode ser mais difícil de encontrar ou manter.
- Pressão Social e Expectativas:
- Expectativas Externas: Às vezes, aconselhamos baseados no que a sociedade ou nosso círculo social espera, mas isso pode não ressoar com nossos desejos ou necessidades pessoais.
- Complexidade da Vida Pessoal:
- Circunstâncias Únicas: Cada pessoa tem uma vida única, com uma combinação específica de desafios, traumas, e circunstâncias que podem complicar a aplicação de conselhos genéricos.
Para superar essa discrepância, pode ser útil:
- Praticar AutoCompaixão: Trate-se com a mesma gentileza e compreensão que você oferece aos outros.
- Estabelecer Metas Pessoais: Transforme conselhos em metas específicas e acionáveis para você mesmo.
- Procurar Apoio: Assim como aconselhamos outros, buscar ajuda pode trazer uma nova perspectiva para nossos próprios problemas.
- Reflexão: Regularmente refletir sobre por que você não está seguindo seus próprios conselhos pode ajudar a identificar barreiras pessoais.
Lembre-se, a prática daquilo que pregamos muitas vezes começa com a autoconsciência e a disposição para enfrentar nossas próprias inconsistências.
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